Na
tribo Macuxi havia um índio forte e muito inteligente. Um dia ele se
apaixonou por uma bela índia de sua aldeia. Casaram-se logo depois e
viviam muito felizes, até que um dia a índia ficou gravemente doente e
paralítica.
O
índio Macuxi, para não se separar de sua amada, teceu uma tipóia e
amarrou a índia à sua costa, levando-a para todos os lugares em que
andava. Certo dia, porém, o índio sentiu que sua carga estava mais
pesada que o normal e, qual não foi sua tristeza, quando desamarrou a
tipóia e constatou que a sua esposa tão querida estava morta.
O índio foi à floresta e cavou um buraco à beira de um igarapé.
Enterrou-se junto com a índia, pois para ele não havia mais razão para continuar vivendo.
Algumas
luas se passaram. Chegou a lua cheia e naquele mesmo local começou a
brotar na terra uma graciosa planta, espécie totalmente diferente e
desconhecida de todos os índios Macuxis. Era a TAMBA-TAJÁ, planta de
folhas triangulares, de cor verde escura, trazendo em seu verso uma
outra folha de tamanho reduzido, cujo formato se assemelha ao órgão
genital feminino.
A união das duas folhas simboliza o grande amor existente entre o casal da tribo Macuxi.
O caboclo da Amazônia costuma cultivar esta curiosa planta, atribuindo a ela poderes místicos.
Se,
por exemplo, em uma determinada casa a planta crescer viçosa com
folhas exuberantes, trazendo no seu verso a folha menor, é sinal que
existe muito amor naquela casa. Mas se nas folhas grandes não existirem
as pequeninas, não há amor naquele lar. Também se a planta apresenta
mais de uma folhinha em seu verso, acredita-se então que existe
infidelidade entre o casal.
De qualquer modo, vale a pena cultivar em casa um pezinho de TAMBA-TAJÁ.
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